05 outubro 2012
Uma posição à direita
Ao olhar com especial atenção para a Irlanda, verifico que todas as grande empresas foram para lá e apesar de também estar a ser gerido pela troika continua a ser um íman de pessoal qualificado e pergunto-me, porque é que nós não podemos fazer o mesmo? Temos bons profissionais (vamos assumir que temos a mesma capacidade), temos Sol, clima ameno e atualmente ganhamos menos.
A grande diferença está no IRC que eles pagam 25% em Portugal contra 12% na Irlanda. Uma alteração deste tipo daria um rombo de 2.5M€ mas será que não ia dar outro alento ao tecido empresarial português?
Sim eu sei que isto iria apenas encher os bolsos dos acionistas, como contrapartida iríamos taxar 50% sobre todos os dividendos. Assim melhorávamos a contabilidade das nossas empresas mas obrigávamos a que elas ficassem com dinheiro em caixa. Será que não seria uma medida tentadora para o capital estrangeiro?
Para combater o subfinanciamento das empresas temos o caso francês, para os bancos que emprestem à economia real tem um bónus fiscal, se, pelo contrário, investirem no mercado de capitais têm um agravamento do mesmo tipo.
O ponto em falta é o problema da justiça. Se alguém nos deve alguma coisa, o custo e o tempo para reaver este valor por via legal é muitas vezes superior à própria divida...
Será assim tão complicado criar algo que em 3 meses todos (ou quase todos) os problemas deste tipo cheguem a uma decisão?
Olho para estas ideias retiradas de outros países e consigo ver uma ponta de esperança (pouca é certo), são medidas que colocam mais dinheiro na economia real e não atacam os mesmos do costume.
Final disto tudo temos um custo de 3M€ (já assumindo que a ministra da Justiça precisa de mais dinheiro).
Será que este valor não seria absorvido pelo capital estrangeiro captado e pela mais valia de termos as mentes brilhantes do nosso país a contribuir para um país melhor?
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1 comentário:
Dás licença? Recordas-te de que isto é Portugal, um país de gente valente, obediente, doente e outros entes...? Cujo maior defeito é a inveja e o maior problema é a má gestão de quem primeiro enche os bolsos e depois pensa se há ou não país.
Tenho muito poucas esperanças de que o Portugal de que falava o Agostinho da Silva venha a acontecer no meu tempo de vida.
Novecentos anos não são suficientes para esquecer que este país começou com um filho a arrear no focinho da sua mãe. Ainda há muito por conquistar até sermos gente crescida.
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